sexta-feira, 6 de abril de 2012

"A Eficiência Questionada da Homeopatia"

Pela importância do assunto, transcrevo este artigo publicado na revista Scientific American Brasil, edição Abril 2012, página 17, escrito por Nina Ximenes,bióloga, pós-graduada em educação ambiental.

" A homeopatia é conhecida como tratamento alternativo para os seres humanos, mas poucos conhecem sua utilização em animais, plantas solos e água. Essa técnica é alvo de críticas quanto aos resultados e eficácia. Uma delas diz respeito ao "efeito placebo" de seus remédios, que não contém nenhum traço da matéria-prima utilizada em sua confecção. Para responder a essa abordagem é necessário um esclarecimento: a homeopatia não se relaciona com a química, mas com a física quântica,pois trabalha com energia, não com elementos químicos que podem ser qualificados e quantificados.
 A aplicação da técnica homeopática à agricultura não é recente, como a maioria das pessoas pode considerar. Um dos primeiros estudos feitos nessa área remonta à década de 20, com pesquisas em plantas realizadas pelo casal Eugen e Lili Kolisko, baseadas nas teorias de Rudolf Steiner para a agricultura biodinâmica. Desde então muitas pesquisas têm sido feitas em países como  França,Índia,Alemanha,Suiça,Inglaterra,México,Cuba,Itália,África do Sul e Brasil. Aqui a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, é pioneira nessa área.
 Não é preciso ser especialista  em saúde ou em meio ambiente, para perceber que o método convencional de tratamento de pragas e enfermidades na agricultura gera um desequilíbrio no ecossistema e, consequentemente, no ser humano. Agentes patogênicos e pragas vão adquirindo,com o tempo,resistência aos agrotóxicos - que, por estratégia de mercado, passaram a ser chamados de "defensivos agrícolas". Assim, a quantidade e a agressividade desses produtos químicos têm de ser aumentadas para contornar essa situação, provocando um efeito cascata desastroso: o solo se torna mais pobre e diminui sua produção; trabalhadores rurais ficam gravemente doentes pelo manuseio constante desses produtos tóxicos; as águas, incluindo as subterrãneas,são contaminadas; e os seres que dependem dos frutos da terra recebem toda essa carga de veneno, desencadeando uma série de problemas de saúde.
 Com exceção das indústrias de agrotóxico e fertilizantes químicos, quem mais se beneficia com a prática desses tratamentos convencionais?
 Se Hipócrates pudesse reavaliar o seu princípio dos contrários, representado pela alopatia, e suas posteriores consequências nos seres vivos e no meio ambiente, ele o excluiria de suas considerações. Já a homeopatia como técnica sustentável, economicamente viável e ecologicamente correta torna-se imprescindível ao equilíbrio do planeta e à saúde de todos os seres que nele vivem."

Um comentário:

Nina Ximenes disse...

Olá, Marcos. Sem querer, entrei em seu blog e vi meu artigo. Muito obrigada por divulgá-lo. Um abraço,
Nina Ximenes - www.biohomeopata.com.br